Quando estamos atravessando algum tipo de deserto, nossa tendência natural é lembrar daquilo que não temos naquele momento. Mas será que aquilo que não temos é de fato algo que nos faz falta? Afinal, com tremenda facilidade somos enganados pelo que é desejo e não necessidade. Enquanto o povo permaneceu no deserto, durante 40 anos, murmuraram muitas vezes, queixando-se que não tinham ou queriam isso ou aquilo, porém, o que a Bíblia nos conta mostra outra realidade: “Pois o Senhor, o seu Deus, os tem abençoado em tudo o que vocês têm feito. Ele cuidou de vocês em sua jornada por este grande deserto. Nestes quarenta anos o Senhor, o seu Deus, tem estado com vocês, e não lhes tem faltado coisa alguma” Deuteronômio 2:7. Olhe para o deserto que você está atravessando e pergunte-se: há realmente algo que tem me privado de viver dignamente? Ou estou com medo de aprender a viver unicamente na dependência de Deus, confiando que Ele suprirá todas as minhas necessidades?
Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que Ele dá. Salmo 127:3
Uma pátria é formada por familias. Se a familia que é a célula básica da sociedade está fora de controle, é porque os chefes da família; maridos e pais também estão fora de controle. Pessoalmente, considero que uma das principais razões pela falta de estabilidade e controle das famílias contemporâneas deva-se a desistência do marido ou pai em dar sua participação efetiva no lar. Podemos dizer que os pais estão fisicamente ausentes; não gastam tempo com seus filhos. Psicologicamente ausentes;suas mentes estão totalmente dirigidas a seus empregos, sendo passivos em relação a seus lares. E moralmente ausentes; pois possuem carência de ensino e orientação de valores morais e espirituais. Reconheço que há muitos bons pais, que se esforçam em exercer suas funções e é incontestável que um pai presente pode causar uma enorme diferença na vida de seus filhos. Podemos tomar como exemplo o desvelo do apostolo Paulo para com os seus filhos na fé que se encontravam em Tessalônica ( 1Tessalonicenses 2:7-14 ). Há neste trecho, pelo menos quatros conceitos de um bom pai. Eles são:
Amor: Paulo amou os seus filhos como qual ama que acaricia...esse era o tipo de cuidado que ele dispensava a seus filhos na fé. Pai, a maior necessidade de seu filho é ser amado. Você já disse a ele, repetidas vezes, o quanto o ama ?
Compromisso: Paulo comprometeu-se com os seus filhos. Ele ofereceu a eles não apenas o evangelho, mas sua vida. Além do sustento material, você assumiu o compromisso com o crescimento espiritual, moral, com a disciplina, correção e desenvolvimento da auto-estima na vida de seus filhos ? Ser pai não é brincadeira, exige esforço e dedicação.
Autenticidade: Paulo viveu uma vida autentica diante de seus filhos. Seu filho não exige perfeição, mas coerência, honestidade, e disposição em admitir seus erros. Se existe um muro de indiferença entre você e seu filho(a), talvez a melhor forma de derruba-lo seja tornar-se vulnerável a ele, mostrando seu lado humano, sensível.
Comunicação: Paulo era um pai comunicativo. Ele incentivava seus filhos, os encorajava a viver de modo digno diante de Deus. Talvez você esteja pensando: "Que pena, eu não tive uma pai assim". Não perpetue o que você não recebeu. Mude a história. Seja um pai diferente para os seus filhos. E se você não tiver filhos biológicos ? Faça como Paulo, seja um excelente pai para seus filhos na fé.
